Maomé V de Granada Índice Biografia | Notas | Bibliografia | Menu de...


Nascidos em 1338Mortos em 1391Reis Nasridas de Granada


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Maomé V

Emir ou rei de Granada

COA of Nasrid dynasty kingdom of Grenade (1013-1492).svg
Brasão do Reino de Granada
Reinado

1354 — 1391
Antecessor(a)

Iúçufe I
Sucessor(a)

Ismail II, Iúçufe II
Dinastia

Nasridas
Nascimento

4 de janeiro de 1338
Morte

16 de janeiro de 1391 (53 anos)
Pai
Iúçufe I
Mãe
Butaina

Abu abdalá "Algani Bilá" Maomé ibne Iúçufe (أبو عبد الله "الغني بالله" محمد بن يوسف; 4 de janeiro de 1338 – 16 de janeiro de 1391) ou Maomé V, cognominado Algani (al-Ghani; "o afortunado")[1] ou Almaclu (al-Makhlu; "o deposto"),[2] foi o oitavo rei nasrida de Granada, que reinou em dois períodos, o primeiro entre 1354 e 1359 e o segundo entre 1362 até à sua morte em 1391.[1]


Era filho de Butaina, uma ex-escrava, e de Iúçufe I, a quem sucedeu quando tinha apenas 16 anos, após o assassínio do pai. A primeira fase do seu reinado foi pacífica, mas terminou quando o seu meio-irmão Ismail II o destronou, levando-o a refugiar-se no norte de África. Voltou pouco tempo depois e, aliado ao rei castelhano Pedro I, enfrentou Maomé VI, que entretanto tinha substituído Ismail no trono de Granada. Após ter recuperado o trono em 1362, Maomé V desenvolveu uma política externa hábil, baseada na manutenção de boas relações tanto com os cristãos da Península Ibérica como com os Merínidas de Marrocos. Não obstante, aproveitou a guerra civil de Castela (1366–1369) para atacar diversas praças fronteiriças, nomeadamente Úbeda e Algeciras. Esta última foi tomada após um breve assédio.


Durante o seu reinado foram levadas a cabo obras fundamentais no palácio da Alhambra, em Granada, entre as quais se destacam o Pátio dos Leões e a construção do "Quarto Dourado" no Palácio do Mexuar. Construiu também um hospital em Granada.




Índice






  • 1 Biografia


    • 1.1 Primeiro reinado (1354–1359)


    • 1.2 Interregno (1359–1362)


    • 1.3 Segundo reinado (1362–1391)




  • 2 Notas


  • 3 Bibliografia





Biografia |



Primeiro reinado (1354–1359) |


Maomé V tinha apenas 16 anos quando o seu pai foi assassinado. Assumiu o trono sob a tutela de dois regentes: o hájibe Abu Nur Raduane (أبو النون رضوان) e o vizir Liçane Adine ibne Alcatibe (لسان الدين بن الخطيب), que já era o vizir de Iúçufe I.


Durante este período Castela e Reino de Aragão estavam em guerra, o que proporciona ao emirado de Granada alguma tranquilidade. No entanto, no decurso dessa guerra, Maomé é obrigado a apoiar o seu suserano Pedro I de Castela, o Cruel, o que faz emprestando três galés em 1358 e pondo Málaga à disposição das forças navais castelhanas. Isto provoca a hostilidade do rei aragonês Pedro IV, o Cerimonioso. Maomé prepara-se então a entrar no território de Múrcia para atacar a fronteira sul do reino de Aragão quando é vítima dum golpe de estado que o destrona a 21 de agosto de 1359.[3]



Interregno (1359–1362) |




Pátio dos Leões, no complexo palaciano da Alhambra, em Granada, uma das obras de Maoméd V


O golpe de estado foi supostamente instigado por dois membros da família real nasrida: Abu Ualide Ismail (Ismail II II), seu meio-irmão filho de Míriam, a outra esposa do seu pai, e Abu Abdalá Alamar Maomé (futuro Maomé VI), um familiar que também era casado com uma irmã de Ismail e meia-irmã de Maomé V. Incitados por Míriam, mãe de Ismail, a 21 de agosto de 1359, uma centena de revoltosos escalam as muralhas da Alhambra, surpreendem a guarda e assassinam o hájibe Abu Nur Raduane. Abu Ualide Ismail toma o poder. Maomé V consegue por-se em fuga para Guadix, onde chega no dia seguinte, onde recebe o juramento de fidelidade da população na fortaleza, graças ao comandante dos "combatentes pela fé" Ali Badr ad-Din Musa.


Pedro, o Cruel estava incapacitado de ir em auxílio de Maomé V devido à guerra civil com o seu meio-irmão Henrique de Trastâmara (futuro Henrique II), filho bastardo de Afonso XI de Castela, apoiado por Pedro, o Cerimonioso nas suas pretensões ao trono castelhano, pelo que Maomé V refugia-se com a sua família em Marrocos, junto dos Merínidas.


O reinado de Ismail é breve. A 28 de junho de 1360, Maomé Alamar manda matá-lo e aos seus irmãos e vizires e toma o poder com o nome de Maomé VI. Não tarda em provocar o descontentamento entre a corte e o povo de Granada devido à sua brutalidade, grosseria e nervosismo. Troca embaixadores com o Pedro de Aragão.[3]


Pouco tempo depois, Pedro de Castela vence os Aragoneses e Henrique de Trastâmara, o que lhe permite ir em auxílio de Maomé V. No fim de fevereiro ou princípio de março de 1362, Pedro, o Cruel e Maomé encontram-se em Castro del Río e marcham sobre Granada. Maomé VI foge para Sevilha, onde é capturado e executado pelos soldados de Pedro de Castela a 25 de abril de 1362.[3] Pedro enviou a Maomé V como presente pela volta ao trono a cabeça de Maomé VI.



Segundo reinado (1362–1391) |




Pátio dos Leões, Alhambra, Granada




"Quarto Dourado", no Palácio do Mexuar da Alhambra


Maomé V volta ao poder para o que seria um dos reinados mais longos dos Nasridas. O historiador tunisino ibne Caldune conta na sua autobiografia que chegou a Granada a 26 de setembro de 1362, onde é recebido calorosamente pelo emir e pelo seu vizir ibne Alcatibe, que tinha conhecido em Fez durante o exílio forçado. ibne Caldune tinha apoiado a família de Maomé V quando este tinha sido deixado sozinho. Em 1363, o emir envia ibne Caldune como embaixador junto do rei Pedro, o Cruel para finalizar um tratado entre Castela e os Merínidas. Como presente de despedida, Pedro oferece como presente uma «mula fogosa aparelhada com estribos pesados e um freio de ouro. Ofereci-a ao sultão, que me deu a aldeia de Elvira [situada] em terra irrigada na planície de Granada.»[4] No mesmo ano, ibne Caldune volta ao Magrebe.


Em outubro de 1365, o rei do Chipre Pedro I de Lusignan conduz uma força de Cipriotas e de Ocidentais em cruzada e toma Alexandria. Os cavaleiros recusam-se a segui-lo no assalto ao Cairo, pelo que Pedro se vê obrigado a voltar ao Chipre. Maomé V envia ao Cairo uma embaixada junto do sultão mameluco bahrita Alaxerafe Zaine Adim Xabane para o felicitar por ter rechaçado o ataque contra Alexandria. Os enviados de Granada voltam ao Alandalus com 2 000 dinares egípcios, mas sem esperança de obterem uma ajuda militar direta. O Egito mameluco tinha assinado com os reinos de Aragão e de Castela vários tratados comerciais e a sua política externa sempre foi extremamente pragmática.


Pedro, o Cruel e Maomé V mantêm boas relações. Maomé assegura a Pedro o apoio durante a guerra civil deste com Henrique de Trastâmara. Em contrapartida, os Nasridas podem conquistar Algeciras. A 13 de março de 1369 é travada a batalha de Montiel entre Pedro e Henrique, este último apoiado por forças aragonesas e cavaleiros franceses, enquanto Pedro teve o apoio de tropas granadinas. A batalha saldou-se numa derrota de Pedro, que morre apunhalado a 22 de março na tenda de Bertrand du Guesclin, o comandante das forças francesas ao serviço de Henrique.


Em 1371, é o vizir Liçane Adine ibne Alcatibe, amigo de ibne Caldune desde o exílio de 1359 em Fez, que dirige o emirado de Granada. A sua aura diminui gradualmente devido às calúnias vindas de personagens influentes como o poeta Ibn Zamrak. Segundo estas calúnias, ibne Alcatibe estaria a soldo dos Merínidas, que aspiravam conquistar o trono de Granada. Ibne Alcatibe acaba por ser forçado a exilar-se em Fez, junto aos Merínidas, dando assim crédito às acusações de que era objeto. Morre quatro anos mais tarde estrangulado por assassinos enviados por Maomé V.


Em 1372 a dinastia merínida conhece um período de instabilidade. Maomé Saíde é apresentado como herdeiro do seu pai Abdul Aziz I quando tem cinco anos de idade, mas morre em 1373, não chegando a reinar. Em 1374, Abul Abas Amade sobe ao trono de Fez apoiado pelos Nasridas, mas Abu Zaide Ramane funda um reino rival em Marraquexe.


Em 1375, ibne Caldune regressa a Granada, onde é bem acolhido pelo emir Maomé V. De Marrocos é-lhe ordenado que volte, pois é criticado pela sua amizade com Abu Zaide Ramane. Maomé V recusa-se enviar ibne Caldune a Fez, mas fá-lo desembarcar em Tremecém, de onde se dirige a Tunes, que se tinha fixado a sua família.[5]


Em 1387, Abul Abas refaz a unidade do reino merínida. Marrocos conhece seis anos de tranquilidade, que Abul Abas aproveita para reconquistar Tremecém e Argel.


Maomé V morre em 1391 e deixa o trono de Granada ao seu filho Abu Alhajaje, que reina com o nome de Iúçufe II.



Notas |



  • Texto inicialmente baseado na tradução dos artigos «Mohammed V al-Ghani» na Wikipédia em francês (acessado nesta versão) e «Muhammed V, Sultan of Granada» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).




  1. ab «بنو نصر/النصريون/بنو الأحمر في غرناطة (Nasridas / Banu al-Ahmar em Granada)». www.hukam.net (em árabe). Consultado em 11 de fevereiro de 2013 


  2. Segundo ibne Calduneibne Caldune 2003, p. 95


  3. abc Elía 2006


  4. ibne Caldune 2003, p. 97-99


  5. ibne Caldune 2003, p. 150-151





Bibliografia |





  • Elía, R.H. Shamsuddín, «Al-Ándalus III: El Sultanato De Granada (1232-1492)», Historia de Al-Andalus (em espanhol) (Boletín N° 53 -08/2006) 


  • Esto, Clara (1995), «Pedro the Cruel of Castile 1350-1359», Brill Academic Publishers, The Medieval Mediterranean : Peoples, Economies and Cultures, 400-1453 (em inglês), 6 


  • Fernández-Puertas, Antonio (abril de 1997), «The Three Great Sultans of al-Dawla al-Ismā'īliyya al-Naṣriyya Who Built the Fourteenth-Century Alhambra: Ismā'īl I, Yūsuf I, Muḥammad V (713-793/1314-1391)», Journal of the Royal Asiatic Society, Third Series (em inglês), 7 (1): 1-25 


  • ibne Caldune (2003), Cheddadi, Abdesselam, ed., Le livre des Exemples: Muqaddima. Autobiographie, ISBN 9782070114252 (em francês), 2, Gallimard 


  • Sourdel, Janine; Sourdel, Dominique (2004), «Nasrides», Dictionnaire historique de l'Islam, ISBN 9782130545361 (em francês), Quadrige. Presses universitaires de France, p. 615 


  • The Alhambra From the Ninth Century to Iúçufe I (1354) (em inglês), 1, Saqi Books, 1997 














Precedido por
Iúçufe I
Rei de Granada
1354-1359
Sucedido por
Ismail II
Precedido por
Maomé VI
Rei de Granada
1362-1391
Sucedido por
Iúçufe II


























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