Snada História | Referências Menu de navegação35° 4' 35" N 4° 13' O35° 4' 35" N 4° 13'...


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Coordenadas: 35° 4' 35" N 4° 13' O







































Marrocos
Snada

S'nada, Senada


 


  Comuna  



Snada está localizado em: Marrocos


Snada



Localização de Snada em Marrocos
Coordenadas

35° 4' 35" N 4° 13' O

Região (1997-2015)

Taza-Al Hoceima-Taounate
Província

Al Hoceima

Altitude
290 m

População (2004) [1]
 - Total
9 870
Website

www.snada.ma



Snada, Senada ou S'nada é uma localidade e comuna situada junto à costa mediterrânica do norte de Marrocos, cerca de 40 km a oeste de Al Hoceima. A comuna faz parte da província de Al Hoceima e da região de Taza-Al Hoceima-Taounate. Em 2004 tinha 9 870 habitantes[1]


Antigamente chamada Thara n Bades (Fonte de Bades), Snada encontra-se junto aos limites sul do Parque Nacional de Al Hoceima. O principal monumento histórico da localidade é o seu casbá (kasbah; alcácer ou castelo), cuja história está ligada ao sultão saadiano deposto Mulei Mohammed (Mohammed Al Mutawwakil), que por sua vez está ligado ao desastre de Alcácer-Quibir, durante o qual desapareceu o rei português D. Sebastião.[2]



História |


Mohammed Al Mutawwakil refugiou-se em Snada a 20 de novembro de 1577, após ter sido perdido a guerra civil que durava há um ano contra o seu tio Abd al-Malik, que lhe usurpou o trono de Marrocos com o apoio dos otomanos. No dia seguinte Al Mutawwakil enviou uma carta ao comandante da fortaleza espanhola de Vélez de la Gomera, situada nas vizinhanças de Snada, pedindo-lhe que informasse o rei Filipe II da sua situação de reclusão no casbá.[2]


Dois dias depois, a 23 de novembro, Al Mutawwakil enviou outra carta pedindo ajuda ao rei espanhol para recuperar o seu trono. Este pedido foi atendido, e o conselho de guerra espanhol, reunido em Madrid a 13 de dezembro, concedeu autorização a Mutawwakil para refugiar-se em Vélez de la Gomera com a sua família. Devido aos acordos entre Portugal e Espanha, só os portugueses estavam autorizados a entrar em território marroquino, pelo que Filipe II informou o rei português D. Sebastião que tinha concedido asilo a Al Mutawwakil, por intermédio do embaixador espanhol em Lisboa.[2]


A 20 de janeiro chegaram a Vélez de la Gomera seis navios enviados por D. Sebastião carregados de material de guerra. O comandante português Sebastião Gonçalves encontrou-se com Al Mutawwakil no casbá de Snada, transmitindo-lhe a intenção do rei português de o ajudar a receuperar o trono. A 14 de fevereiro, Al Mutawwakil reuniu as suas tropas numa praia próxima de Vélez de la Gomera e, sob a proteção de canhões espanhóis, aguardou a ordem de D. Sebastião para navegar para Ceuta, para onde partiu a 26 de março de 1578.[2]


O casbá de Snada tal como existe atualmente foi construído durante o reinado de Moulay Ismail (r. 1672-1727).[3]


A localidade é também célebre por ser a origem da confraria muçulmana dos santos Ouazzani, conhecidos pela sua luta de séculos contra qualquer tipo de invasão estrangeira dos seus territórios.[2]



Referências




  1. ab «Recensement général de la population et de l'habitat 2004». www.hcp.ma (em francês). Royaume du Maroc - Haut-Comissariat au Plan. Consultado em 25 de janeiro de 2012 


  2. abcde «Visión histórica de la Kasba de Snada». parquenacionalalhucemas.com (em espanhol). Association Rif pour le Développement du Tourisme Rural. Consultado em 25 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 6 de fevereiro de 2008 }


  3. «A l-Hoceima: la perle méditerranéenne» (pdf). www.maroc12siecles.com (em francês). Associação 1200º aniversário da cidade de Fez. 2008. Consultado em 25 de janeiro de 2012  Versão em inglês e formato MS Word (doc) arquivada em 25 de janeiro de 2012 em www.webcitation.org.











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