Circuito RLC Índice Parâmetros fundamentais | Parâmetros derivados | Configurações | Análise do...


Circuitos elétricos


circuito ressonantecircuito elétricoresistorindutorcapacitorsérieparaleloequação diferencialfrequência de ressonânciafrequência natural ou de ressonânciaradianoshertzimpedância complexafrequência angularfator de cargaradianossegundoosciladoresresistênciacircuito LCfiltros passa-bandalargura de bandaresistênciaindutorlargura de bandapassa-faixarejeita-faixalargura de bandahertzpotênciaEqualizadorunidade adimensionalfonte de Théveninfonte de NortonLCtrêsfonte de tensãoLei da Tensão de Kirchoffequação diferencialradianossegundopolinomial característicoraízesnúmeros reaisnúmeros reaisnegativosidênticosduasraízesconjugado complexofórmula de Eulerfator Qequaçãoequação diferencialadmitânciasiemenscorrente elétricaconvoluçãofunção deltaDiracsistema lineardomínio da frequênciaimpedânciacomplexafonte de tensãoforma de ondaexponencialfrequência angularLei de Kirchoff para Tensãoadmitânciaexpressãozerospólospolinómio característicocorrenteohmfaradhenryvoltamperesradianossegundofrequência de ressonâncianão-dimensionalizaçãovariávellargura de bandafactor Qespectro





Disambig grey.svg Nota: Para outros significados de RLC, veja RLC.






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Um circuito RLC (também conhecido como circuito ressonante ou circuito aceitador) é um circuito elétrico consistindo de um resistor (R), um indutor (L), e um capacitor (C), conectados em série ou em paralelo.


O circuito RLC é chamado de circuito de segunda ordem visto que qualquer tensão ou corrente nele pode ser descrita por uma equação diferencial de segunda ordem.




Índice






  • 1 Parâmetros fundamentais


    • 1.1 Frequência de ressonância


    • 1.2 Fator de carga




  • 2 Parâmetros derivados


    • 2.1 Largura de banda


    • 2.2 Qualidade ou factor Q


    • 2.3 Ressonância com carga




  • 3 Configurações


  • 4 Análise do circuito


    • 4.1 RLC série com fonte da alimentação do tipo Thévenin


      • 4.1.1 A solução para Resposta de Entrada Zero (ZIR)


        • 4.1.1.1 Sobrecarga/Regime sobreamortecido (aperiódico)


        • 4.1.1.2 Carga crítica/ Regime amortecido crítico (aperiódico limite)


        • 4.1.1.3 Subcarga/ Regime subamortecido (periódico amortecido; pseudo-periódico)




      • 4.1.2 Solução para Resposta de Estado Zero (ZSR)


        • 4.1.2.1 Transformada de Laplace


        • 4.1.2.2 Integral de convolução


        • 4.1.2.3 Sobrecarga


        • 4.1.2.4 Carga crítica


        • 4.1.2.5 Subcarga




      • 4.1.3 Domínio da frequência


        • 4.1.3.1 Admitância complexa


        • 4.1.3.2 Pólos e Zeros


        • 4.1.3.3 Estado sinusoidal constante






    • 4.2 Circuito RLC paralelo




  • 5 Similaridades e diferenças entre os circuitos em série e em paralelo


  • 6 Aplicações dos circuitos ajustados


  • 7 Ligações externas





Parâmetros fundamentais |


Existem dois parâmetros fundamentais que descrevem o comportamento dos circuitos RLC: a frequência de ressonância e o factor de carga. Para além disso, existem outros parâmetros que podem ser derivados destes dois primeiros.



Frequência de ressonância |


A frequência natural ou de ressonância sem carga de um circuito RLC (em radianos por segundo) é:


ωo=1LC{displaystyle omega _{o}={1 over {sqrt {LC}}}}

Utilizando a unidade hertz, a frequência de ressonância fica:


fo=ωo2π=12πLC{displaystyle f_{o}={omega _{o} over 2pi }={1 over 2pi {sqrt {LC}}}}

A ressonância ocorre quando a impedância complexa ZLC do ressonador LC se torna zero:


ZLC=ZL+ZC=0{displaystyle Z_{LC}=Z_{L}+Z_{C}=0}

Ambas estas impedâncias são função de uma frequência angular s complexa:



ZC=1Cs{displaystyle Z_{C}={1 over Cs}}

ZL=Ls{displaystyle Z_{L}=Ls}


Considerando estas duas expressões acima iguais e resolvendo para s, tem-se:


s=±o=±j1LC{displaystyle s=pm jomega _{o}=pm j{1 over {sqrt {LC}}}}

onde a frequência de ressonância ωo é dada pela expressão acima.



Fator de carga |


O fator de carga do circuito (em radianos por segundo) é:


ζ=R2L{displaystyle zeta ={R over 2L}}

Para aplicações em circuitos osciladores, é geralmente desejável que o fator de carga seja o menor possível ou, de igual forma, aumentar o fator de qualidade (Q) o máximo possível. Na prática, isto requer uma redução na resistência R no circuito para uma quantia tão baixa quanto fisicamente possível. Neste caso, o circuito RLC torna-se uma boa aproximação do circuito LC ideal, que não é realizável na prática (mesmo que a resistência seja removida do circuito, ainda existe uma resistência pequena, porém diferente de zero no fio e nas conexões entre os elementos do circuito que não pode ser eliminada totalmente).


Alternativamente, para aplicações em filtros passa-banda, o factor de carga é escolhido baseado na largura de banda desejada do filtro. Para uma maior largura de banda, um maior fator de carga é necessário, e para uma largura de banda menor, utiliza-se um menor fator de carga. Na prática, isto requer ajustar os valores relativos da resistência R e do indutor L no circuito.



Parâmetros derivados |


Os parâmetros derivados incluem largura de banda, fator Q e frequência de ressonância com carga.



Largura de banda |


O circuito RLC pode ser utilizado como um filtro passa-faixa ou rejeita-faixa, e a sua largura de banda (em radianos por segundo) é:


Δω=2ζ=RL{displaystyle Delta omega =2zeta ={R over L}}

Alternativamente, a largura de banda em hertz é


Δf=Δωπ=R2πL{displaystyle Delta f={Delta omega over 2pi }={zeta over pi }={R over 2pi L}}

A largura de banda é a medida do comprimento da resposta em frequência das duas frequências com metade da potência do sinal de entrada. Como resultado, esta medida de largura de banda é muitas vezes chamada de "comprimento total a metade da potência". Visto que a potência é proporcional ao quadrado da tensão do circuito (ou corrente), a resposta em frequência irá cair a 12{displaystyle {1 over {sqrt {2}}}} nas frequências de metade da potência.



Qualidade ou factor Q |


A qualidade do circuito, ou factor Q (ver Equalizador), é calculada como a razão entre a frequência de ressonância ωo{displaystyle omega _{o}} e a largura de banda Δω{displaystyle Delta omega } (em radianos por segundo):


Q=ωωo2ζ=LRLC=1RLC{displaystyle Q={omega _{o} over Delta omega }={omega _{o} over 2zeta }={L over R{sqrt {LC}}}={1 over R}{sqrt {L over C}}}

Ou, em hertz:


Q=foΔf=2πfoLR=1R2C/L=1RLC{displaystyle Q={f_{o} over Delta f}={2pi f_{o}L over R}={1 over {sqrt {R^{2}C/L}}}={1 over R}{sqrt {L over C}}}

Q é uma unidade adimensional.



Ressonância com carga |


A frequência de ressonância com carga deriva da frequência de ressonância natural e do factor de carga. Se o circuito estiver com subcarga, verifica-se que


ζo{displaystyle zeta <omega _{o}}

então pode-se definir a ressonância com carga como


ωd=ωo2−ζ2{displaystyle omega _{d}={sqrt {omega _{o}^{2}-zeta ^{2}}}}

Em um circuito oscilador



ζωo{displaystyle zeta ll omega _{o}}.

E, como resultado



ωd=ωo {displaystyle omega _{d}=omega _{o} } (approx).




Configurações |


Todo circuito RLC consiste de dois componentes: uma fonte de alimentação e um ressonador. Existem dois tipos de fontes de alimentação, a fonte de Thévenin e a fonte de Norton. Da mesma forma, existem dois tipos de ressonadores, os LC série e o LC paralelo. Como resultado, existem quatro configurações de circuitos RLC:



  • LC série com fonte de alimentação do tipo Thévenin

  • LC série com fonte de alimentação do tipo Norton

  • LC paralelo com fonte de alimentação do tipo Thévenin

  • LC paralelo com fonte de alimentação do tipo Norton



Análise do circuito |



RLC série com fonte da alimentação do tipo Thévenin |


Neste circuito, os três componentes estão todos em série com a fonte de tensão.






RLC series circuit


Notações do circuito RLC série:




v - a tensão da fonte de alimentação (medida em volts V)


i - a corrente do circuito (medida em ampères A)


R - a resistência do resistor (medida em ohms = V/A);


L - a indutância do indutor (medida em henrys = H = Wb/A = V·s/A)


C - a capacitância do capacitor (medida em farads = F = C/V = A·s/V)



Dados os parâmetros v, R, L, e C, a solução para a corrente (I) utilizando a Lei da Tensão de Kirchoff é:



vR+vL+vC=v{displaystyle {v_{R}+v_{L}+v_{C}=v},}

Para uma tensão variável com o tempo v(t), isto se torna



Ri(t)+Ldidt+1C∫ti(τ)dτ=v(t){displaystyle Ri(t)+L{{di} over {dt}}+{1 over C}int _{-infty }^{t}i(tau ),dtau =v(t)}


Rearranjando a equação [dividindo por L e derivando ambos os termos] tem-se a seguinte equação diferencial de segunda ordem:



d2idt2+RLdidt+1LCi(t)=1Ldvdt{displaystyle {{d^{2}i} over {dt^{2}}}+{R over L}{{di} over {dt}}+{1 over {LC}}i(t)={1 over L}{{dv} over {dt}}}


Definem-se agora dois parâmetros chave:



ζ=R2L{displaystyle zeta ={R over 2L}}

e
ω0=1LC{displaystyle omega _{0}={1 over {sqrt {LC}}}}



sendo ambos medidos em radianos por segundo.


Substituindo estes parâmetros na equação diferencial, obtém-se:


d2idt2+2ζdidt+ω02i(t)=1Ldvdt{displaystyle {{d^{2}i} over {dt^{2}}}+2zeta {{di} over {dt}}+omega _{0}^{2}i(t)={1 over L}{{dv} over {dt}}}


A solução para Resposta de Entrada Zero (ZIR) |


Colocando a entrada (fonte de tensão) em zero, obtém-se:


d2idt2+2ζdidt+ωo2i(t)=0{displaystyle {{d^{2}i} over {dt^{2}}}+2zeta {{di} over {dt}}+omega _{o}^{2}i(t)=0}

com as condições iniciais para a corrente do indutor, IL(0), e a tensão do capacitor VC(0). De modo a resolver a equação propriamente, as condições iniciais necessárias são I(0) e I'(0).


O primeiro já foi feito, visto que a corrente na total é igual à corrente no indutor, portanto


i(0)=iL(0){displaystyle i(0)=i_{L}(0),}

A segunda é obtida aplicando a Lei da Tensão de Kirchoff novamente:


vR(0)+vL(0)+vC(0)=0{displaystyle v_{R}(0)+v_{L}(0)+v_{C}(0)=0,}

i(0)R+i′(0)L+vC(0)=0{displaystyle Rightarrow i(0)R+i'(0)L+v_{C}(0)=0,}

i′(0)=1L[−vC(0)−I(0)R]{displaystyle Rightarrow i'(0)={1 over L}left[-v_{C}(0)-I(0)Rright]}

Agora tem-se uma equação diferencial de segunda ordem homogênea com duas condições iniciais. Substituíndo os parâmetros ζ e ω0, tem-se


i″+2ζi′+ω02i=0{displaystyle i''+2zeta i'+omega _{0}^{2}i=0}

Convertendo a forma da equação para seu polinomial característico


λ2+2ζλ02=0{displaystyle lambda ^{2}+2zeta lambda +omega _{0}^{2}=0}

Utilizando a fórmula quadrática, acham-se as raízes como


λ=−ζ±ζ2−ω02{displaystyle lambda =-zeta pm {sqrt {zeta ^{2}-omega _{0}^{2}}}}

Dependendo dos valores de α e ω0, existem três casos possíveis:



Sobrecarga/Regime sobreamortecido (aperiódico) |



Respostas do circuito RLC série com superamortecido


ζ0⇒RC>4LR{displaystyle zeta >omega _{0}Rightarrow RC>4{L over R},}


Neste caso, as soluções do polinomial característico são dois números reais negativos. Isto é chamado de "sobrecarga".


Duas raízes reais negativas, as soluções são:


I(t)=Aeλ1t+Beλ2t{displaystyle I(t)=Ae^{lambda _{1}t}+Be^{lambda _{2}t}}




Carga crítica/ Regime amortecido crítico (aperiódico limite) |



Circuito RLC série com Amortecimento Crítico


ζ0⇒RC=4LR{displaystyle zeta =omega _{0}Rightarrow RC=4{L over R},}


Neste caso, as soluções da polinomial característica são dois números reais negativos idênticos. Isto é chamado de "carga crítica".


As duas raízes são idênticas (λ1=λ2=λ{displaystyle lambda _{1}=lambda _{2}=lambda }). As soluções são:


I(t)=(A+Bt)eλt{displaystyle I(t)=(A+Bt)e^{lambda t}}

para constantes arbitrárias A e B




Subcarga/ Regime subamortecido (periódico amortecido; pseudo-periódico) |

ζ0⇒RC<4LR{displaystyle zeta <omega _{0}Rightarrow RC<4{L over R},}

Neste caso. as soluções do polinomial característico são um conjugado complexo e possuem uma parte real negativa. Isto é chamado de "subcarga" e resulta em oscilações no circuito.


As soluções consistem de duas raízes conjugadas


λ1=−ζ+iωc{displaystyle lambda _{1}=-zeta +iomega _{c}}

e


λ2=−ζc{displaystyle lambda _{2}=-zeta -iomega _{c}}

onde


ωc=ωo2−ζ2{displaystyle omega _{c}={sqrt {omega _{o}^{2}-zeta ^{2}}}}

As soluções são:


i(t)=Ae(−ζ+iωc).t+Be(−ζc).t{displaystyle i(t)=Ae^{(-zeta +iomega _{c}).t}+Be^{(-zeta -iomega _{c}).t}}

para constantes arbitrárias A e B.

Utilizando a fórmula de Euler [eix=cos(x)+isen(x){displaystyle e^{ix}=cosleft(xright)+isenleft(xright)} ], pode-se simplificar a solução para


i(t)=e−ζt[Csin⁡ct)+Dcos⁡ct)]{displaystyle i(t)=e^{-zeta t}left[Csin(omega _{c}t)+Dcos(omega _{c}t)right]}

para constantes arbitrárias C e D.

Estas soluções são caracterizadas por uma resposta sinusoidal com decaimento exponencial. O tempo necessário para que as oscilações sejam eliminadas depende da qualidade do circuito, ou fator Q. Quanto maior a qualidade, mais tempo é necessário para que as oscilações decaiam.



Solução para Resposta de Estado Zero (ZSR) |


Com as condições iniciais configuradas para zero e utilizando a seguinte equação:


{d2Idt2+RLdIdt+1LCI(t)=1LdVdtI(0−)=I′(0−)=0{displaystyle left{{begin{matrix}{{d^{2}I} over {dt^{2}}}+{R over L}{{dI} over {dt}}+{1 over {LC}}I(t)={1 over L}{{dV} over {dt}}\\I(0^{-})=I'(0^{-})=0end{matrix}}right.}

d2idt2+2ζdidt+ωo2i(t)=1Ldvdt{displaystyle {{d^{2}i} over {dt^{2}}}+{2zeta }{{di} over {dt}}+{omega _{o}^{2}}i(t)={1 over L}{{dv} over {dt}}}

Existem duas aproximações que podem ser utilizadas para encontrar o ZSR:



  1. A transformada de Laplace

  2. A Integral de convolução.



Transformada de Laplace |

Primeiramente realiza-se a transformada de Laplace da equação diferencial de segunda ordem:


(s2+2ζs+ωo2)I(s)=sLV(s){displaystyle (s^{2}+2zeta s+omega _{o}^{2})I(s)={s over L}V(s)}

onde V(s) é a transformada de Laplace do sinal de entrada:

V(s)=L{v(t)}{displaystyle V(s)={mathcal {L}}left{v(t)right}}

Então resolve-se para a admitância complexa Y(s) (em siemens):


Y(s)=I(s)V(s)=sL(s2+2ζs+ωo2){displaystyle Y(s)={I(s) over V(s)}={s over L(s^{2}+2zeta s+omega _{o}^{2})}}

Pode-se utilizar a admitância Y(s) e a transformada de Laplace da tensão de entrada V(s) para encontrar a corrente elétrica complexa I(s):


I(s)=Y(s)×V(s){displaystyle I(s)=Y(s)times V(s)}

Finalmente, pode-se encontrar a corrente elétrica no domínio do tempo através da transformada de Laplace inversa:


i(t)=L−1{I(s)}{displaystyle i(t)={mathcal {L}}^{-1}left{I(s)right}}

Exemplo:


Suponha v(t)=Au(t){displaystyle v(t)=Au(t)}


onde u(t) é a função de passo Heaviside.

Então


V(s)=As{displaystyle V(s)={A over s}}

I(s)=AL(s2+2ζs+ωo2){displaystyle I(s)={A over L(s^{2}+2zeta s+omega _{o}^{2})}}


Integral de convolução |

Uma solução separada para cada função possível para V(t) é impossível. No entanto, existe um método para encontrar uma fórmula para I(t) utilizando a convolução. Para fazer isto, é necessário uma solução para uma entrada básica, a função delta de Dirac.


Para encontrar a solução mais facilmente começa-se resolvendo-a para a função de passo Heaviside e então utilizando o facto de que o nosso circuito é um sistema linear, a sua derivada será a solução para a função delta.


A equação então será, para t>0:


{d2Iudt2+RLdIudt+1LCIu(t)=0I(0+)=0I′(0+)=1L{displaystyle left{{begin{matrix}{{d^{2}I_{u}} over {dt^{2}}}+{R over L}{{dI_{u}} over {dt}}+{1 over {LC}}I_{u}(t)=0\I(0^{+})=0qquad I'(0^{+})={1 over L}end{matrix}}right.}

Assumindo que λ1 e λ2 são raízes de


P(λ)=λ2+2ζλo2{displaystyle P(lambda )=lambda ^{2}+2zeta lambda +omega _{o}^{2}}

então tal como na solução para ZIR, obtêm-se 3 casos diferentes:



Sobrecarga |

Neste caso temos duas raízes reais negativas, a solução é:


Iu(t)=1L(λ1−λ2)[eλ1t−2t]{displaystyle I_{u}(t)={1 over {L(lambda _{1}-lambda _{2})}}left[e^{lambda _{1}t}-e^{lambda _{2}t}right]}

(t)=1L(λ1−λ2)[λ1eλ1t−λ2eλ2t]{displaystyle Rightarrow I_{delta }(t)={1 over {L(lambda _{1}-lambda _{2})}}left[lambda _{1}e^{lambda _{1}t}-lambda _{2}e^{lambda _{2}t}right]}


Carga crítica |

Nesta caso, as raízes são idênticas (λ1=λ2=λ{displaystyle lambda _{1}=lambda _{2}=lambda }), a solução é:


Iu(t)=1Lteλt{displaystyle I_{u}(t)={1 over L}te^{lambda t}}

(t)=1L(λt+1)eλt{displaystyle Rightarrow I_{delta }(t)={1 over L}(lambda t+1)e^{lambda t}}


Subcarga |

Neste caso existem duas raízes complexas conjugadas (λ1=λ¯2=ζ+iωc{displaystyle lambda _{1}={bar {lambda }}_{2}=zeta +iomega _{c}}), a solução é:


Iu(t)=1ωcLeζtsin⁡ct){displaystyle I_{u}(t)={1 over {omega _{c}L}}e^{zeta t}sin(omega _{c}t)}

(t)=1ωcLeζt[ζsin⁡ct)+ωccos⁡ct)]{displaystyle Rightarrow I_{delta }(t)={1 over {omega _{c}L}}e^{zeta t}left[zeta sin(omega _{c}t)+omega _{c}cos(omega _{c}t)right]}


Domínio da frequência |


O circuito RLC série pode ser analisado no domínio da frequência utilizando as relações de impedância complexa. Se a fonte de tensão acima produz uma forma de onda exponencial complexa com a amplitude V(s) e frequência angular s=σ+iω{displaystyle s=sigma +iomega }, a Lei de Kirchoff para Tensão pode ser aplicada:


V(s)=I(s)(R+Ls+1Cs){displaystyle V(s)=I(s)left(R+Ls+{frac {1}{Cs}}right)}

onde I(s) é a corrente complexa através de todos os componentes. Resolvendo para I tem-se:


I(s)=1R+Ls+1CsV(s){displaystyle I(s)={frac {1}{R+Ls+{frac {1}{Cs}}}}V(s)}

E rearranjando, obtém-se


I(s)=sL(s2+RLs+1LC)V(s){displaystyle I(s)={frac {s}{Lleft(s^{2}+{R over L}s+{frac {1}{LC}}right)}}V(s)}


Admitância complexa |

A seguir, a resolução para a admitância complexa Y(s):


Y(s)=I(s)V(s)=sL(s2+RLs+1LC){displaystyle Y(s)={I(s) over V(s)}={frac {s}{Lleft(s^{2}+{R over L}s+{frac {1}{LC}}right)}}}

Então, simplifica-se utilizando os parâmetros α e ωo


Y(s)=I(s)V(s)=sL(s2+2αs+ωo2){displaystyle Y(s)={I(s) over V(s)}={frac {s}{Lleft(s^{2}+2alpha s+omega _{o}^{2}right)}}}

Note que esta expressão para Y(s) é a mesma encontrada para a Resposta de Estado Zero.



Pólos e Zeros |

Os zeros de Y(s) são os valores de s tais que Y(s)=0{displaystyle Y(s)=0}:



s=0{displaystyle s=0} e s=∞{displaystyle s=infty }

Os pólos de Y(s) são os valores de s tais que Y(s)=∞{displaystyle Y(s)=infty }:


s=−ζ±ζ2−ωo2{displaystyle s=-zeta pm {sqrt {zeta ^{2}-omega _{o}^{2}}}}

Note que os pólos de Y(s) são idênticos às raízes λ1{displaystyle lambda _{1}} e λ2{displaystyle lambda _{2}} do polinómio característico.



Estado sinusoidal constante |

Supondo s=iω{displaystyle s=iomega }, obtendo a magnitude da equação acima obtém-se:


|Y(s=iω)|=1R2+(ωL−C)2{displaystyle |Y(s=iomega )|={frac {1}{sqrt {R^{2}+left(omega L-{frac {1}{omega C}}right)^{2}}}}}

A seguir, encontra-se a magnitude da corrente com uma função de ω


|I(iω)|=|Y(iω)|×|V(iω)|{displaystyle |I(iomega )|=|Y(iomega )|times |V(iomega )|}

Se os valores escolhidos fossem R = 1 ohm, C = 1 farad, L = 1 henry, e V = 1 volt, então o gráfico da magnitude da corrente I (em amperes) como uma função de ω (em radianos por segundo) seria:




Análise do estado sinusoidal constante


Note que existe um pico em Imag(ω)=1{displaystyle I_{mag}(omega )=1}. Este é conhecido como a frequência de ressonância. Resolvendo para este valor, encontra-se:


ωo=1LC{displaystyle omega _{o}={frac {1}{sqrt {LC}}}}


Circuito RLC paralelo |


Um modo de recuperar as propriedades do circuito RLC é através do uso da não-dimensionalização.






RLC Parallel circuit

Notações do circuito RLC paralelo:




V - a tensão da fonte de alimentação (medida em volts V)


I - a corrente do no circuito (medida em ampères A)


R - a resistência do resistor (medida em ohms = V/A);


L - a indutância do indutor (medida em henrys = H = Wb/A = V·s/A)


C - a capacitância do capacitor (medida em farads = F = C/V = A·s/V)



Para uma configuração paralelo dos mesmos componentes, aonde Φ é o fluxo magnético no sistema, tem-se abaixo:


Cd2Φdt2+1RdΦdt+1LΦ=I0cos⁡t)⇒d2χ2+2ζ=cos⁡τ){displaystyle C{frac {d^{2}Phi }{dt^{2}}}+{frac {1}{R}}{frac {dPhi }{dt}}+{frac {1}{L}}Phi =I_{0}cos(omega t)Rightarrow {frac {d^{2}chi }{dtau ^{2}}}+2zeta {frac {dchi }{dtau }}+chi =cos(Omega tau )}

com substituições obtém-se:


Φxc, t=τtc, xc=LI0, tc=LC, 2ζ=1RLC, Ωtc.{displaystyle Phi =chi x_{c}, t=tau t_{c}, x_{c}=LI_{0}, t_{c}={sqrt {LC}}, 2zeta ={frac {1}{R}}{sqrt {frac {L}{C}}}, Omega =omega t_{c}.}

A primeira variável corresponde ao fluxo magnético máximo armazenado no circuito, e a segunda variável corresponde ao período das oscilações ressonantes no circuito.



Similaridades e diferenças entre os circuitos em série e em paralelo |


As expressões para a largura de banda nas configurações em série e em paralelo são inversas. Isto é particularmente útil para determinar se uma configuração em série ou em paralelo deve ser utilizada no projecto de um circuito particular. Entretanto, na análise de circuito, geralmente, a recíproca das duas variáveis posteriores é utilizada para caracterizar o sistema. Elas são conhecidas como a frequência de ressonância e o factor Q, respectivamente.



Aplicações dos circuitos ajustados |


Existem muitas aplicações para os circuitos ajustados, especialmente nos sistemas de rádio e comunicações. Eles podem ser utilizados para selecionar uma certa faixa de frequências de um espectro total de ondas de rádio.



Ligações externas |


  • Calculadora - Circuito RLC em estado estacionário



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