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Escritores da Inglaterra


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Lady Caroline Alice Elgar (Bhooj, 9 de outubro de 1848 - Hampstead, 7 de abril de 1920) foi uma poetisa e escritora inglesa, casada com o famoso compositor Edward Elgar.




Índice






  • 1 Família


  • 2 Casamento


  • 3 Influência


  • 4 Referências





Família |


Caroline Alice Roberts, conhecida como Alice familiarmente, nasceu em Bhooj, Gujarate, Índia, em 1848. Ela a mais nova e única filha do Major-General Sir Henry Gee Roberts (1800–1860) e de de Julia Maria Raikes (1815–1887). Os seus três irmãos mais velhos chamavam-se Albert Henry Roberts (nascido 1839 e falecido em criança), Frederick Boyd Roberts (nascido em 1841) e Stanley Napier Roberts (nascido em 1844). O seu pai era militar na Índia quando ocorreu a Revolta dos Sipais e morreu quando Alice tinha 12 anos.


Ela pertencia a uma família com ancestrais notáveis: o avô materno era Reverendo Robert Napier Raikes e o pai deste, o seu bisavô, era Robert Raikes (1736–1811), fundador do movimento protestante Escola Dominical, e o seu tio, homónimo de seu pai (o avô de Alice), era o General Robert Napier Raikes (1813–1909) do Exército Britânico na Índia.


Em jovem estudou com um geólogo amador, o Reverendo William Samuel Symonds e eles e um grupo de amigos eram caçadores de fósseis nas margens e bancos do rio Severn.[1] Ela foi a autora do índice de um livro escrito por William Samuel Symonds. Também estudou piano, com Ferdinand Kufferath[2] em Bruxelas e formação musical com Charles Harford Lloyd.[3] Para além disso, ela falava fluentemente, além do inglês materno, alemão, italiano, francês e espanhol.


Antes de casar ela escrevia e publicava livros usando o pseudónimo de C. Alice Roberts. O romance, de dois volumes, Marchcroft Manor, foi publicado em 1882, quatro anos antes de conhecer Elgar.



Casamento |


Em 1886 os irmãos deixaram-na, para ingressarem no Exército, e ela passou a viver com a sua mãe, idosa e viúva, na Casa Hazeldine, em Redmarley em Worcestershire (atualmente Gloucestershire). Nesse outono ela começou a ter lições de piano de Edward Elgar, que era professor de violino em Worcester High School. Quando a sua mãe morreu, no ano seguinte, ela viajou durante algum tempo antes de regressar, para ir viver em Malvern Link, numa casa chamada Ripple Lodge, e continuou a ter lições de piano.[1] Ela acobou por ficar noiva do seu jovem professor, apesar da desaprovação da família, que o considerava um pobretanas, de classe social inferior à da noiva - e ele era oito anos mais novo. Além disso, a família dela era anglicana, enquanto ele era católico.


Alice e Edward casaram a 8 de maio de 1889, numa pequena cerimónia católica, na igreja de Brompton Oratory.[4] Como presente de casamento, Elgar dedicou-lhe uma pequena peça para violino e piano chamada Salut d'Amour, e ela dedicou-lhe um dos seus poemas, The Wind at Dawn. Da sua família, só o primo William Raikes e a sua esposa Veronica estiveram presentes, enquanto o noivo tinha os pais e um amigo, o Dr. Charles Buck. A boda foi numa casa de uma amiga de Alice, a senhora Marshall - Elgar, mais tarde, dedicou a música A Song of Autumn à sua filha, "Miss Marshall".[5]


O casal passou a lua de mel, de três semanas, em Ventnor na Ilha de Wight, regressando depois a Londres para estarem próximos do centro da vida músical britânica. Mas, durante um ano, foram mudando de casa: primeiro viveram em Marloes Road, Kensington; depois, em 29 de julho voltaram para a espaçosa casa 'Saetermo' em Malvern; depois, em outubro, foram para uma casa do primo Raikes (que lhes foi emprestada para passarem o inverno de de 1890-91) 'Oaklands', em Fountain Road, Upper Norwood com a vantagem da proximidade do Palácio de Cristal, com os seus concertos a que Edward assistia sempre que podia. Depois foram para uma casa no n.º 51 de Avonmore Road, em Kensington[6] onde a espesa deu à luz a única filha do casal, Carice[7] Irene, nascida em 14 de agosto de 1890. Contudo, a falta de trabalho para Edward forçou-os a deixar a casa, regressando a Malvern Link, onde alugaram a casa 'Forli' em Alexandra Road, onde ele esperava sobreviver dando aulas de música e dirigindo orquestras locais.[8]



Influência |


A convicção no sucesso de Elgar por parte de Alice (e a coragem de casar fora da sua 'classe social') foram importantes para a carreira do marido. Ela passou a ser a sua empresária e secretária pessoal.


Ela deu o seu melhor para que ele obtivesse a atenção das classes sociais superiores, embora com sucesso limitado, pois Elgar aceitava relutantemente honrarias, que significavam mais para ela e a sua classe social. Ela também abdicou das suas aspirações pessoais para se dedicar u marido. No seu diário ela admitiu, "Cuidar de um génio é suficiente para o trabalho da vida de uma mulher."[9]


Quando o marido recebeu do Rei o título de Cavaleiro, em 1904, ela passou a ter direito de ser chamada Lady Elgar.


No princípio da Guerra, durante algum tempo, Lady Elgar ensinou francês a um grupo de soldados em Chelsea Barracks.[10]


Em janeiro de 1920, os amigos notaram que ela tinha perdido a sua vitalidade normal e que não tinha saído de casa desde novembro.[11] Ela assistiu à apresentação da Segunda Sinfonia de Elgar em 16 de março, e no dia seguinte foi a um médico em Harley Steet, mas manteve-se em casa enquanto Elgar viajava, para dirigir um concerto em Leeds. O último concerto a que ela assistiu foi uma apresentação de várias peças de música de câmara de Elgar, em Londres.


Ela faleceu, de cancro do fígado, em 7 de abril de 1920, na sua casa em Severn, no n.º 42 de Netherhall Gardens, em Hampstead.[12] O funeral foi feito no cemitério católico da Igreja de Saintt Wulstan, em Little Malvern três dias mais tarde. Edward foi ajudado a suportar a dor pela filha Carice. Entre os presentes estava o irmão de Alice, Napier Roberts. Estavam também os amigos de Elgar Frank Schuster, Billy Reed e o doutor Charles Buck. Sir Charles Stanford chegou mas só conseguiu falar com Reed depois de um passeio a chorar.[13] Na Igreja foi tocada parte mais lenta do Quarteto de Cordas de Elgar, por Reed, Albert Sammons, Lionel Tertis e Felix Salmond.[14]



Referências




  1. ab Powell, p.1


  2. A soprano Antonia Kufferath (Sr.ª Edward Speyer) era filha de Ferdinand Kufferath e Elgar dedicou-lhe uma das suas músicas Speak, Music!


  3. Moore, p.115


  4. Kennedy, p. 24


  5. Young, Alice Elgar, p. 100


  6. Kennedy, p. 26


  7. 'Carice' was compounded from her mother’s names 'Caroline' and 'Alice'


  8. Kennedy, p. 31


  9. Kennedy, p.115


  10. Young, p. 175


  11. Reed, pp.66-7


  12. Moore, pp.750-1


  13. Reed, p.67


  14. Moore, p.754




  • Kennedy, Michael (1987). Portrait of Elgar Third ed. Oxford: Clarendon Press. ISBN 0-19-284017-7 

  • McVeagh, Diana (1984). Mrs. Edward Elgar. The Musical Times, Vol.125, No.1692


  • Moore, Jerrold N. (1984). Edward Elgar: a Creative Life. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-315447-1 


  • Moore, Jerrold N. (1972). Elgar: A Life in Photographs. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-315425-0 


  • Porte, J. F. (1921). Sir Edward Elgar. London: Kegan Paul, Trench, Turner & Co. Ltd. 


  • Powell, Mrs. Richard C.('Dorabella') (1947). Edward Elgar: Memories of a Variation Second ed. London: Oxford University Press 


  • Reed, William H (1989). Elgar as I knew him. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-282257-8 


  • Young, Percy M. (1978). Alice Elgar: enigma of a Victorian lady. London: Dobson. ISBN 0-234-77482-7 


  • Young, Percy M. (1973). Elgar O.M.: a study of a musician. London: Collins. OCLC 869820 

  • Obituary in The Times, 8 April 1920


  • The Late Lady Elgar, The Musical Times, Vol.61, No.927 (May 1, 1920) p. 331




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