Derrame pleural Índice Classificação | Causas | Análise laboratorial do líquido pleural | Biópsia...


PneumologiaCirurgia


pulmõesatelectasiapleuraslíquido pleuralatritoprocesso inflamatóriodordispneiabiópsia pleuraldiagnóstico anatomopatológicobiópsia pleuraltoracocentesetoracotomiatalcodoxiciclinaplerodese






























Derrame pleural


O derrame pleural causa uma redução da capacidade do pulmão de se expandir (atelectasia) que causa insuficiência ventilatória restritiva.

Especialidade

pneumologia
Classificação e recursos externos

CID-10

J90-J91

CID-9

511.9

MedlinePlus

000086

MeSH

D010996

A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 




Radiografia de tórax com derrame pleural. A seta A mostra a camada de fluido na cavidade pleural direita. A seta B mostra o comprimento normal do pulmão na cavidade.


Derrame pleural é a acumulação excessiva de fluido entre as membranas que envolvem o pulmão (cavidade pleural). Uma quantidade excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por limitar a expansão dos pulmões (atelectasia).


Normalmente as membranas que envolvem os pulmões (pleuras) possuem apenas uma quantidade mínima de líquido pleural para evitar o atrito entre si. Quando uma dessas pleuras sofre com processo inflamatório causa dor torácica. Em função do comprometimento pleural ser evolutivo, tem-se produção anormal do líquido pleural e/ou redução na reabsorção deste líquido, que passa a acumular-se no espaço pleural e “afasta” uma pleura da outra, evitando o atrito, atenuando e até fazendo desaparecer a dor.


A produção aumentada e/ou a reabsorção reduzida faz com que haja uma grande quantidade de líquido no espaço pleural. Grandes derrames pleurais causam insuficiência ventilatória restritiva que se manifesta por “falta de ar” (dispneia).




Índice






  • 1 Classificação


    • 1.1 Classificação de acordo com a composição bioquímica (Critérios de Light)


    • 1.2 Classificação pelo carácter do fluído




  • 2 Causas


  • 3 Análise laboratorial do líquido pleural


  • 4 Biópsia pleural


  • 5 Tratamento


  • 6 Referências





Classificação |


Os derrames pleurais são classificados em :



  • Líquidos:

    • quanto à etiologia (tuberculose, pneumonia, neoplasia)

    • quanto ao caráter (serofibrinoso, hemorrágico, purulento ou quiliforme)

    • quanto à localização (grande cavidade, interlobar, mediastínico)



  • Gasosos: Pneumotórax

  • Mistos: hidropneumotórax, hemopneumotórax, piopneumotórax.



Classificação de acordo com a composição bioquímica (Critérios de Light) |


Os derrames pleurais são classificados de acordo com sua composição bioquímica, como[1]:




  • Transudatos: Proteína pleural / Proteína sérica <0,5; DHL pleural / DHL sérica <0,6; e Teor de DHL < que 2/3 do valor limite superior da concentração sérica normal


  • Exsudatos: Proteína pleural / Proteína sérica >0,5; DHL pleural / DHL sérica >0,6; e Teor de DHL > que 2/3 do valor limite superior da concentração sérica normal. E o gradiente de albumina sérica - albumina do derrame é < que 1,2 g/dL.


Para diagnóstico de exsudato, necessita-se de apenas 1 dos critérios.


Geralmente, por conterem pouca proteína na sua composição, os derrames pleurais do tipo transudato são límpidos, amarelo-claros e não se coagulam espontaneamente.



Classificação pelo carácter do fluído |




  • Hidrotórax (líquido seroso)


  • Pneumotórax (ar)


  • Hemotórax (sangue)


  • Piotórax (pus)


  • Quilotórax (linfa gordurosa)


  • Urinotórax (urina) - raro



Causas |



Derrame pleural tipo transudato





  • Hipoalbuminemia severa

  • Insuficiência cardíaca congestiva

  • Embolia pulmonar

  • Obstrução da veia cava superior


  • Cirrose hepática com ascite

  • Síndrome nefrótica

  • Glomerulonefrite


  • Diálise peritonial

  • Mixedema

  • Sarcoidose



Derrame pleural hemorrágico





    • Traumas torácicos

    • Acidentes de punção (toracocentese)

    • Pós-cirurgia torácica


Doenças associadas a derrame pleural do tipo exusudato:



  • Doenças infeciosas

    • Tuberculose

    • Pneumonia bacteriana

    • Micose sistêmica

    • Pneumonia viral

    • Parasitose




  • Neoplasias


    • Carcinoma pulmonar primário


    • Metástase em pulmão

    • Sídrome de Meigs

    • Mesotelioma

    • Linfangioleiomiomatose



  • Doenças colágeno-vasculares


    • Pleurite reumatóide

    • Lúpus eritematoso sistêmico

    • Síndrome de Sjögren


    • Granulomatose de Wegner

    • Síndrome da unha amarela



  • Patologia abdominal

    • Peritonite

    • Pancreatite


    • Abscesso subfrênico


    • Abscesso hepático

    • Perfuração do esôfago (e.g. Síndrome de Mallory-Weiss)

    • Obstrução da veia cava inferior

    • Obstrução do trato urinário


    • Diálise peritonial

    • Ruptura de aneurisma de aorta



  • Doenças inflamatórias

    • Embolia pulmonar


    • Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)


    • Insuficiência renal crônica em hemodiálise

    • Hiperuricemia

    • Síndrome de Dressler



  • Miscelânea

    • Sarcoidose

    • Induzido por drogas

    • Exposição ao asbestos





Análise laboratorial do líquido pleural |


Análise de elementos não protéicos:



  • Coloração

  • pH

  • Glicose


Análise de elementos protéicos:



  • DHL

  • Proteínas

  • Amilase


  • Adenosina deaminase (ADA)


  • Reação em cadeia da polimerase (PCR) para Mycobacterium tuberculosis = a sensibilidade pode chegar à 78 %, com uma especificidade próximo de 100 %.


  • Interferon-gama = semelhante à ADA, quando aumentado sugere tuberculose pleural. Entretanto, em muito locais, este exame não existe de rotina.


Análise de elementos celulares:



  • Citograma

  • Citologia oncótica

  • Cultura e antibiograma

  • Cultura para BAAR = positiva em menos de 30 % dos pacientes e pode demorar 2 meses ou mais.



Biópsia pleural |




agulha de biópsia pleural[2]


Além da análise do derrame pleural, nos casos de liquido pleural do tipo exsudato, devemos cogitar a biópsia pleural na tentativa de obtenção do diagnóstico anatomopatológico.


A biópsia pleural pode ser obtida com:



  • Agulha de biópsia pleural

  • Toracoscopia



Tratamento |


Parar evitar novos derrames é necessário tratar a causa. Derrames pequenos geralmente não causam sintomas nem precisam de tratamento específico. Derrames grandes podem exigir a inserção de uma agulha com tubo para drenagem entre as costelas (toracocentese). Durante a toracocentese é importante certificar-se de que os tubos torácicos não fiquem obstruídos nem cheios.[3]


Em casos de derrames recorrentes, pode-se manter um tubo torácico de drenagem constante por vários dias até a causa ser tratada. A drenagem pleural pode ser feita a largo prazo por um cateter inserido na cavidade pleural mesmo em casa. Se existe uma substância pró-inflamatória na cavidade pleural ela pode ser removida com uma cirurgia (toracotomia).[3]


Em casos mais duradouros pode-se injetar uma substância irritante (como talco ou doxiciclina) através do tubo torácico para o espaço pleural (plerodese). A substância induz cicatrização das pleuras para que ambas pleuras se unam firmemente.[3]



Referências |





  1. http://www.famema.br/uec/DerramePleural.pdf


  2. A modified outer cannula can help thoracentesis after pleural biopsy. de Menezes Lyra R. Chest. 1997 Jul;112(1):296.[1]


  3. abc WebMD. What Is a Pleural Effusion? Treatment. http://www.webmd.com/lung/pleural-effusion-symptoms-causes-treatments#2




























  • Portal da medicina



Popular posts from this blog

VNC viewer RFB protocol error: bad desktop size 0x0I Cannot Type the Key 'd' (lowercase) in VNC Viewer...

Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela Referências Menu de...

looking for continuous Screen Capture for retroactivly reproducing errors, timeback machineRolling desktop...