Alice Ball Índice Vida pessoal e educação | Pesquisa | Morte e legado | Referências Ligações...
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Alice Augusta Ball | |
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Conhecido(a) por | desenvolveu um tratamento mais eficaz para tratar a lepra |
Nascimento | 24 de julho de 1892 Seattle, Washington |
Morte | 31 de dezembro de 1916 (24 anos) Seattle, Washington |
Residência | Estados Unidos |
Alma mater | Universidade de Washington |
Instituições | Universidade do Havaí |
Campo(s) | Química |
Alice Augusta Ball (Seattle, 24 de julho de 1892 – Seattle, 31 de dezembro de 1916) foi uma química estadunidense que desenvolveu um óleo injetável que foi o método mais eficiente para o tratamento da lepra até os anos 1940.[1] Foi também a primeira mulher e a primeira negra a se graduar na Universidade do Havaí e a obter um mestrado.[2]
Índice
1 Vida pessoal e educação
2 Pesquisa
3 Morte e legado
4 Referências
5 Ligações externas
Vida pessoal e educação |
Alice era filha de James Presley e Laura Louise (Howard) Ball, nascida em Seattle, Washington em 24 de julho de 1892.[3] Sua família era de classe média, sendo que seu pai era editor de jornal, fotógrafo e advogado.[3] Seu avô, James Presley Ball, foi um fotógrafo famoso e o primeiro afro-americano nos Estados Unidos a aprender o daguerreótipo.[4]
A família se mudou para o Havaí em 1903, mas devido à sua morte um ano depois, a família voltou para Seattle em 1905.[4] Já em Seattle, Alice entrou no ensino médio, recebendo notas altas em ciências e se formando em 1910. Ela estudou Química na Universidade de Washington[2][5] e em quatro anos ela recebeu os títulos de bacharelado em Farmácia e em Química. Com seu orientador em Farmácia, ela publicou um artigo de 10 páginas no prestigiado Journal of the American Chemical Society intitulado "Benzoylations in Ether Solution."[4]
Após sua graduação, Alice recebeu bolsas na Universidade da Califórnia em Berkeley e na Universidade do Havaí.[6] Ela optou pela Universidade do Havaí onde obteve seu mestrado em Química, tornando-se a primeira mulher e a primeira negra a se obter o nível de mestre na instituição.[1]
Pesquisa |
Em sua pesquisa na pós-graduação, Alice estudou a composição química e o princípio ativo da kava (Piper methysticum), uma planta natural das ilhas do Oceano Pacífico..[7] Durante a pesquisa, Alice perguntou ao cirurgião Harry T. Hollmann, do Hospital Kalihi, no Havaí, se ele a ajudaria a desenvolver um método que isolasse os princípios ativos do óleo de chaulmoogra.[6]
O óleo de chaulmoogra já tinha sido usado para usar o Mal de Hansen, ou lepra com resultados diversos. Muitos pacientes com Mal de Hansen ficavam hesitantes de usar o óleo por muito tempo devido ao sabor amargo e por causar dores de estômago.[3] Alice, então, desenvolveu um processo para isolar os ésteres etílicos dos ácidos graxos no óleo de chaulmoogra para que pudessem ser injetados, mas ela morreu antes publicar os resultados.[3] Arthur L. Dean, químico e presidente da Universidade do Havaí, continuou seu trabalho e publicou os resultados, começando a produção em larga escala do extrato injetável de chaulmoogra.[4] Ele publicou a pesquisa sem dar crédito a Alice e nomeou a técnica para Método Dean, até Hollmann avisá-lo sobre o trabalho de Alice.[8][9]
Em 1918, um médico do Havaí relatou no Journal of the American Medical Association quem 78 pacientes tiveram alta do Hospital Kalihi depois de serem tratados com as injeções.[4][7] O princípio ativo isolado permaneceu o melhor método para o tratamento do Mal de Hansen até as drogas com sulfonamidas serem desenvolvidas nos anos de 1940.[4]
Morte e legado |
Alice faleceu aos 24 anos, em 31 de dezembro de 1916. Ela ficou doente durante a pesquisa do princípio ativo e voltou a Seattle para tratamento alguns meses antes de sua morte.[1] Em 1917, um artigo no Pacific Commercial Advertiser sugeriu que ela teria morrido devido a envenenamento por cloro enquanto ensinava.[6] Porém, a causa da morte é desconhecida em seu atestado de óbito original, que foi alterado para morte por tuberculose.[3]
Apesar de sua carreira ter sido curta, Alice introduziu um novo tratamento para o Mal de Hansen que permaneceu em uso até os anos 1940,[4] salvando centenas de vidas. A Universidade do Havaí não reconheceu seu trabalho até os anos 1990. Em 2000, a universidade finalmente reconheceu e honrou o nome de Alice Ball com uma placa junto à árvore de chaulmoogra, atrás do Bachman Hall.[6] No mesmo dia, o antigo governador do Havaí, Mazie Hirono, declarou o dia 29 de fevereiro como o Dia Alice Ball, celebrado a cada quatro anos. Mais recentemente, Alice foi homenageada pela diretoria da Universidade do Havaí com uma Medalha de Honra em 2007.[2]
Referências
↑ abc Jackson, Miles. «Ball, Alice Augusta». Black Past. Consultado em 15 de maio de 2013
↑ abc Brown, Jeannette (2012). African American Women Chemists. New York: Oxford University Press. pp. 19–24. ISBN 978-0-19-974288-2
↑ abcde Jackson, Miles (2004). «African Americans in Hawai'i». Social Process in Hawai'i. 43: 168–174. Consultado em 15 de maio de 2013
↑ abcdefg Wermager, Paul; Carl Heltzel (fevereiro de 2007). «Alice A. Augusta Ball» (PDF). ChemMatters. 25 (1): 16–19. Consultado em 18 de junho de 2014. Arquivado do original (PDF) em 13 de Julho de 2014
↑ Guttman, D. Molentia; Ernest Golden (2011). African Americans in Hawaii. Charleston, South Carolina: Arcadia Publishing. p. 15. ISBN 978-0-7385-8116-3. Consultado em 15 de maio de 2013
↑ abcd Mendheim, Beverly (setembro de 2007). «Lost and Found: Alice Augusta Ball, an Extraordinary Woman of Hawai'i Nei». Northwest Hawaii Times. Consultado em 17 de maio de 2013
↑ ab University of Hawaii at Manoa. «Ball, Alice Augusta». Scholar Space. Consultado em 15 de maio de 2013
↑ Cederlind, Erika (29 de fevereiro de 2008). «A tribute to Alice Bell: a Scientist whose Work with Leprosy was Overshadowed by a White Successor». The Daily of the University of Washington. Consultado em 19 de maio de 2013
↑ «Meet Alice Ball – The pharmaceutical Chemist who developed the first effective treatment for Leprosy». Women rock science. tumblr. 3 de dezembro de 2013. Consultado em 13 de outubro de 2015
Ligações externas |
Episode 7: Alice Ball from Babes of Science podcasts